Foi relatado à Polícia que gcm preso, após matar secretário de Osasco a tiros, já sacou a arma em discussão com outro agente; veja mais
Uma testemunha informou à Polícia Civil que o guarda civil, Henrique Marival de Sousa, autor dos disparos que vitimaram o secretário-adjunto de segurança de Osasco, Adilson Custódio Moreira, já havia exibido uma arma em uma discussão anterior com um colega de trabalho.
Segundo informação publicada no portal “Metrópoles”, o acusado já teria “sacado uma arma” durante discussão com um outro inspetor da Guarda Civil Municipal (GCM) da cidade.
Henrique foi preso na segunda-feira (06), na sede da Prefeitura de Osasco. O gcm passou por audiência de custódia nessa terça-feira (7), quando a Justiça decidiu converter a prisão em flagrante em preventiva.
GCM acusado de matar secretario em Osasco: entenda o caso
Na GCM desde 2015, Henrique Marival estava “inconformado” com alterações na composição das equipes de segurança pessoal do prefeito e da primeira-dama, em virtude da nova gestão a partir deste ano. Ele fez parte da equipe de segurança da então primeira-dama, Aline Lins, esposa do ex-prefeito Rogério Lins (Podemos).
Por isso, quando recebeu a informação de que voltaria aos postos da Guarda Civil Municipal, Henrique disse à testemunha que não achava justa a alteração.
Quando foi finalizada a reunião, Moreira anunciou que poderia receber em particular naquela mesma sala, aqueles que quisessem conversar com ele pessoalmente para tratar de algum assunto. No final, o GCM teria entrado na sala, fechado a porta e feito diversos (pelo menos oito) disparos de arma de fogo, alguns dos quais vieram a atingir o secretário mortalmente
Segundo o boletim de ocorrência, antes da chegada do GATE, o comandante da GCM tentou conversar com o guarda, que teria inicialmente respondido: “Você me conhece”. Quando o comandante perguntou “Como está o Moreira? ”, o guarda respondeu: “Você já sabe, você já sabe. Esse cara é sujo”.


Henrique Marival de Sousa se entregou à Polícia após negociação (Reprodução/Record TV e Redes sociais)
De acordo com o depoimento, o GCM repetia esta frase e ainda teria dito: “Aqui dentro, só tem eu, o Moreira e o demônio”. Em seguida, pediu a presença dos seus advogados.
As imagens mostram policiais do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) negociando com o atirador por meio de uma videochamada. Enquanto isso, um grupo de PMs aguarda com escudos balísticos na frente da porta da sala em que o GCM estava com o corpo do secretário. “Pode abrir, Marival. A polícia está aqui”, disse um dos policiais.
Os fatos culminaram com a prisão em flagrante do GCM, o qual foi detido pelos policiais do GATE. Após a negociação para sua rendição, ele finalmente destrancou a porta e se entregou.
A vítima não portava arma de fogo no momento dos fatos, sendo sua arma localizada após o crime, em sua casa, por uma guarnição da Guarda Civil. O caso foi registrado no 5º DP de Osasco, como “Homicídio (art. 121) ”.
O corpo do secretário-adjunto de Segurança e Controle Urbano de Osasco, Adilson Custódio Moreira, que foi morto após ser baleado por um guarda civil municipal, foi velado na sede da Prefeitura da cidade desde a manhã de terça-feira (7). O enterro ocorreu no Cemitério Bela Vista, no fim da tarde.
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