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Ferroviários encerram paralização após acordo com governo estadual

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Na região, as linhas 8 e 9 foram afetadas (Divulgação/Governo do estado de São Paulo)

Os trabalhadores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) anunciaram o fim da greve dos ferroviários. A decisão ocorreu na tarde de quinta-feira (15), após acordo dos sindicatos com o secretário de Transportes Metropolitano, Alexandre Baldy. As sete linhas afetadas pela paralização voltaram a circular normalmente ainda ontem, por volta das 17h30.

A greve começou às 0h de quinta e paralisou as linhas 7-Rubi, 8-Diamante, 9-Esmeralda, 10-Turquesa e uma parte do trajeto 13-Jade. O governo do estado de São Paulo fechou acordo com o sindicato da categoria e garantiu novo aporte de recursos à CPTM para pagar a Participação nos Resultados (PPR) de 2020 dos ferroviários, que estava atrasada e foi um dos motivos da greve. A liberação do pagamento está prevista para o dia 10 de agosto. Os 50% restante, com acréscimo da multa contratual, em 10 de janeiro de 2022.

Além disso, houve acordo entre o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e os trabalhadores sobre as decisões acerca dos dissídios econômicos, como salários e benefícios referente aos anos de 2020 e 2021, em que o sindicato reivindica reajuste de 6,22%. Essa questão será debatida em nova audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que será marcada em breve.

Uma nova audiência para tratar sobre os dissídios dos anos 2020 e 2021,será marcada (Divulgação/Governo do Estado de São Paulo)

Por sua parte no acordo, a CPTM regularizou por completo o funcionamento dos trajetos afetados pela greve, nesta sexta-feira (16), a partir das 4h.

Confira a nota abaixo da CPTM enviada à imprensa.

“A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) considera inadmissível que os sindicatos que representam os colaboradores das linhas 7-Rubi, 8-Diamante, 9-Esmeralda e 10-Turquesa, com toda a linha de frente vacinada e com uma crise econômica, decida fazer greve nesta quinta-feira (15/07) prejudicando e punindo exclusivamente o cidadão que necessita do transporte público para ir ao trabalho, incluindo os que trabalham na linha de frente no combate à pandemia de Covid-19.

A CPTM lamenta a decisão sobre a greve e espera que não haja adesão por parte dos trabalhadores em respeito aos cidadãos que necessitam do transporte. A Companhia reforça que há uma decisão da Justiça do Trabalho determinando a manutenção de 80% dos trabalhadores no horário de pico e 60% nos demais horários, sob pena de R$ 100 mil diários. A empresa também irá operar com um plano de contingência para atender a todos que precisam do transporte, principalmente aos que trabalham em serviços essenciais.

Enquanto milhares de trabalhadores perdem seus empregos ou tem suas rendas diminuídas – a renda média do trabalhador é de R$ 2.500,00, a CPTM mantém salários e benefícios rigorosamente em dia – salário médio de R$ 6.500,00, mesmo tendo sido duramente afetada pela queda na demanda de passageiros durante 2020 e todo o ano de 2021. Não é possível que estes sindicatos estejam em uma realidade diferente do restante do país, que sofre com desemprego, perda de renda e fome. As linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade operarão normalmente nesta quinta-feira”.

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