Um dos mais tradicionais hospitais da Lapa, o Sorocabano, esta desativado desde 2010, quando a associação que administrava a unidade interrompeu as atividades e devolveu o prédio para o governo estadual. Com capacidade 200 leitos, segundo e acordo com informações do Conselho Participativo Municipal (CPM) da Lapa, a comunidade da região se mobilizou para pedir a reabertura da unidade hospitalar, para realizar o tratamento de pacientes com coronavírus.
Construído em 1955 num terreno do governo do estado, o hospital funcionou por mais de 50 anos, sendo administrado pela entidade de nome homônima, acabou fechou por problemas estruturais e financeiros em 2010.
Atualmente, apenas o térreo é ocupado por uma Assistência Médica Ambulatorial (AMA) e por uma unidade da Rede Hora Certa, que realiza atendimentos de baixa complexidade. Com cinco pavimentos ociosos, Sorocabana era popular na região devido ao fácil acesso a transporte na região.
De acordo com o governo estadual, que era dono do terreno, informou que o cedeu à Prefeitura de São Paulo via decreto em 2016, por um prazo de 20 anos. Entretanto, devido um mal-entendido entre as duas esferas de poder públicas, a Prefeitura disse que aguarda a regularização jurídica do terreno para reformar o espaço.
O valor estimado para a reforma, segundo a Secretaria da Saúde da capital é de R$ 100 milhões. Seriam necessárias reformas nas instalações, reparos na rede elétrica, hidráulica, sistema de ventilação e outros. A luta dos moradores da região é pela recuperação de toda a estrutura para que o hospital volte a funcionar gerido 100% pelo SUS.
Repleto de pichações no muro e o portão principal de entrada quebrado, o Sorocabana também está descuidado por dentro com móveis, macas e camas, além de documentos de antigos pacientes.
Além do Hospital Sorocabano, a população paulistana também pede a reabertura de outras unidades hospitalares desativadas por dívidas ou com problemas estruturais como o São Leopoldo, em Santo Amaro, na Zona Sul, o Evaldo Foz, em Campo Belo, também na Zona Sul, e o Hospital Cristo Rei no Tatuapé, na Zona Leste, que acabou sendo vendido e virou prédio residencial.