Em entrevista coletiva realizada na tarde desta quarta-feira (6) em Brasília, o ministro da Saúde, Nelson Teich afirmou que o Hospital Municipal de Barueri é um dos locais em que os pacientes podem fazer o novo teste clínico para identificar se tem Covid-19 ou não.
A iniciativa que inclui a cidade de Barueri tem como meta realizar exames em 22% da população brasileira. Em maio, a estimativa do ministério é chegar a 1,5 milhão de testes encaminhados aos estados e municípios. O programa é divido em duas ações. A primeira, batizada de Confirma Covid, abarca o teste laboratorial chamado RT-PCR. O teste é adequado para pessoas que apresentam sintomas até o oitavo dia desde a infecção.
A partir deste momento, o paciente realiza o teste RTPCR, que coleta amostras no nariz e manda paro laboratório. Esse teste identifica o vírus a partir do oitavo dia. Esse tipo de teste pode dar negativo, porque número de vírus vai caindo muito.
A partir do oitavo dia, deverá ser realizado o teste sorológico, utilizando o dedo. O governo pretende adquirir 22 milhões de kits desse procedimento. Ele identifica os anticorpos produzidos para combater o vírus, não a carga viral.
Níveis
Segundo Teich, não se trata de ser contra ou a favor do isolamento. Ele afirma que a visita recente feita a Manaus, uma das capitais mais afetadas pela pandemia, mostra como o fluxo da doença pela cidade e a forma que ela atinge diferentemente cada local, estando ligada a fatores sociais inclusive.
“Não se trata de ser contra ou a favor. Trata-se de fazer o que é certo no lugar certo”, afirmou o ministro, explicando que o desejo do ministério é fazer um programa de isolamento para o país que leve em consideração dados mapeados sobre estrutura de cada local, evolução dos casos, entre outros dados. “Existem níveis de isolamento, desde lavar as mãos ao lockdown”, explicou.
O ministro também adiantou que a pasta está em contato com laboratórios que estão estudando vacinas e medicamentos para a doença a fim de que o país tenha uma cota de compra caso surja uma nova droga. Teich disse que resolveu negociar antecipadamente para que o país garanta acesso ao novo medicamento assim que surgir.
Teich adiantou ainda que será divulgado na madrugada desta quinta-feira (7) um estudo intermediários feito por um grupo australiano sobre segurança, efetividade e tratamento com hidroxicloroquina. O estudo será analisado no Brasil por um grupo de cerca de 100 instituições de saúde coordenadas pelo Einstein e divulgado pelo ministério.