O documentário sobre um crime que chocou o Brasil e colocou Cotia sob os holofotes estreou na última semana na Netflix e está entre os mais assistidos do País. “Elize Matsunaga: Era uma Vez um Crime”, com direção de Eliza Capai, acompanha a vida e o julgamento da mulher que assassinou e esquartejou o marido e descartou as partes do corpo em três malas, abandonadas em Cotia.
Em quatro episódios de 50 minutos cada, são explorados os detalhes da relação conflituosa entre Elize e Marcos Kitano Matsunaga, então presidente da empresa de alimentos Yoki, que culminou no assassinato do empresário.
RELEMBRE O CASO
Elize era garota de programa e conheceu Marcos em 2004. Ele era casado e os dois nutriram uma relação extraconjugal durante três anos, até o divórcio do empresário e casamento com Elize, em 2009. O casal teve uma filha pouco tempo depois.
A relação era conflituosa. Elize desconfiava de infidelidade e chegou a contratar um detetive particular para espionar Marcos. Quando o affair extra-conjugal foi descoberto, Elize questionou o marido sobre a traição. O empresário a xingou, lhe deu um tapa e ameaçou tirar a guarda da filha. Durante a briga, Marcos estava perto de uma arma de fogo. Com medo, Elize pegou outra arma e apontou ao marido. Marcos continuou com os xingamentos, e Elize atirou.
Marcos foi assassinado no dia 19 de maio de 2012, vítima do tiro à queima-roupa efetuado pela esposa. Horas após o homicídio, ela esquartejou o corpo de Marcos em seis partes: cabeça, braços, pernas e tórax. Na manhã seguinte, câmeras de segurança do prédio flagraram Elize deixando o local com três malas, que ela abandou em uma rodovia de Cotia, na região de Caucaia do Alto. As malas com as partes do corpo de Marcos foram achadas três dias depois.
Elize confessou o crime e foi condenada a 19 anos, 11 meses e 1 dia de prisão em regime fechado homicídio qualificado e ocultação de cadáver.