Projetos modernos que abraçam a natureza traduzem a essência do design biofílico — abordagem arquitetônica que busca integrar o ambiente construído ao meio natural. “A biofilia se traduz no uso de materiais naturais e sustentáveis, na valorização da vegetação e até em soluções que camuflam as construções na paisagem, como fachadas verdes ou projetos que incorporam a flora local”, explica a arquiteta Vivian Contri, da LCVC Arquitetura | Interiores.
A arquiteta Deborah Collino, do escritório Deborah Collino Arquitetura, reforça esta tendência e destaca que o design biofílico vai além do uso de plantas nos ambientes. “Elementos como pedras naturais, paredes de pedra, quadros com paisagens, cascatas e outros recursos também fazem parte desse contexto. Nosso cérebro reage de forma positiva a esses estímulos visuais, trazendo sensação de relaxamento e benefícios diretos para a saúde e o bem-estar”, explica.
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Biofilia: ambientes se tornam verdadeiros refúgios
A arquiteta Vivian Contri ressalta que a vegetação, a água e o fogo são recursos frequentemente incorporados em projetos biofílicos, seja em jardins, espelhos d’água, lareiras ou brises que filtram a luz. “O paisagismo, nesse contexto, é essencial, pois conecta a arquitetura ao entorno e dá vida aos espaços. Estudos mostram que o simples ato de ver, ouvir ou tocar a
água reduz a frequência cardíaca, melhora a concentração e gera tranquilidade”, acrescenta ela.
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A estética também acompanha essa filosofia: formas orgânicas, curvas, texturas e cores que remetem à natureza substituem linhas rígidas e excessivamente artificiais, criando harmonia visual e sensorial. Em essência, o design biofílico vai além da arquitetura — ele transforma os espaços em verdadeiros refúgios, onde a tecnologia e a modernidade se aliam à natureza para garantir o maior de todos os luxos: o bem-estar do usuário.
A estética segue a mesma filosofia: formas orgânicas, curvas, texturas e cores inspiradas na natureza substituem linhas rígidas e artificiais, criando harmonia visual e sensorial. “Mais do que uma tendência arquitetônica, o design biofílico transforma espaços em refúgios, onde tecnologia e modernidade se unem à natureza para proporcionar o maior dos luxos: o bem-estar”, afirma Vivian.
Outro aspecto indispensável é a iluminação natural. “O ritmo circadiano, por exemplo, é diretamente influenciado pela exposição à luz do sol. Da mesma forma, o fluxo de ar, o conforto térmico, a variação de temperatura e de umidade são parâmetros fundamentais para garantir qualidade ambiental”, finaliza a arquiteta.

Neuroarquitetura
Você já ouviu falar na neuroarquitetura? A neuroarquitetura une neurociência e arquitetura para criar espaços que favorecem saúde mental, emoções e bem-estar. Ao considerar luz, cores, natureza e organização espacial, projeta ambientes que estimulam criatividade, concentração, desempenho e, acima de tudo, mais qualidade de vida.
“Integrar a natureza é uma ferramenta de neuroarquitetura que traz resultados gigantescos”, afirma Deborah Collino, que dá como exemplo a aplicação do conceito em hospitais. “Há um estudo mostrando que pacientes que ficaram em quartos integrados com a natureza, com uma janela com vista bonita, quadro, se recuperam 20% mais rápido chegando a 60%. Paciente quarto fechado, sem acesso à natureza, é poderosa.
“Integrar a natureza é uma ferramenta poderosa da neuroarquitetura, capaz de trazer resultados gigantescos”, afirma Deborah Collino. Ela cita como exemplo hospitais que aplicaram o conceito: “Há estudos mostrando que pacientes instalados em quartos com janelas, vistas agradáveis e elementos naturais se recuperam até 60% mais rápido do que aqueles em ambientes fechados, sem contato com a natureza”, afirma a arquiteta.

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