O mundo das artes perdeu dois grandes representantes nesta segunda-feira (4).
O ator Flávio Migliaccio, de 85 anos, foi encontrado morto hoje de manhã pelo caseiro no sítio onde morava, no município de Rio Bonito, região metropolitana do Rio de Janeiro.
Segundo a Revista Fórum, a Polícia do RJ divulgou que o ator cometeu suicídio e deixou uma carta de despedida.
Ainda segundo a revista, na carta, o ator disse que a humanidade não deu certo e que ‘jogou 85 anos fora’. Ele termina a carta pedindo para cuidarem das crianças.
Migliaccio inicioua carreira na década de 50 no teatro, junto com a irmã, Dirce Migliaccio, já falecida, e ingressou na TV Globo em 1972, desempenhando o papel de Xerife, na novela O Primeiro Amor. O sucesso alcançado pelo personagem deu origem, naquele mesmo ano, ao seriado Shazan, Xerife e Companhia, estrelado também pelo ator Paulo José.
O último trabalho de Migliaccio na televisão foi como o personagem Mamede Al Aud, na novela Órfãos da Terra, que foi ao ar no ano passado na TV Globo.
Blanc
Morreu hoje, também no Rio de Janeiro, o compositor, escritor e psiquiatra brasileiro Aldir Blanc, aos 73 anos. Ele estava internado desde o dia 10 de abril vítima da Covid-19, no Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe).
No início dos anos 1970, abandonou a medicina para se dedicar exclusivamente às artes. Tinha mais de 600 letras escritas.
Compôs, em parceria com João Bosco em 1977, a canção “O Bêbado e a Equilibrista”, sucesso e na voz de Elis Regina. Aliás, a parceria com Bosco rendeu obras memoráveis como “O Mestre-sala dos Mares”, “Dois pra Lá, Dois pra Cá”, “De Frente pro Crime”, “Kid Cavaquinho”, “Incompatibilidade de Gênios”, “O Ronco da Cuíca”, “Transversal do Tempo”, “Corsário”, entre outras. Também é dele “Resposta ao Tempo”, gravação de Nana Caymmi e abertura da minissérie Hilda Furação.