Foi depositado nessa segunda-feira, 23, pelo Carrefour o valor R$ 1 milhão no Fundo Municipal TAC Animal. O valor foi estabelecido após a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta entre o município e o hipermercado no inquérito instaurado pelo Ministério Público que investigou a agressão cometida por um segurança na loja em Osasco. No dia 28 de novembro, um cachorro, conhecido como Manchinha, morreu após ser agredido por um segurança do local.
O anúncio do depósito foi feito pelo vereador Ralfi Silva (Pode) na sessão desta terça-feira, 24, na Câmara de Osasco. Segundo o parlamentar, do total, um valor de R$ 500 mil será destinado para as ações de castrações. “Essas castrações estão paradas no município e com esse valor o serviço poderá ser retomado na cidade”, disse.
Ainda segundo o TAC assinado pelo hipermercado, R$ 350 mil vão para a compra de medicamentos para os dois Hospitais Veterinários do município e R$ 150 mil para a aquisição e entrega de rações para associações, ONGs e entidades que cuidam de animais em Osasco.
O valor foi pactuado no Termo de Ajuste de Conduta firmado entre o Carrefour e o município nos autos do Inquérito Civil n° 7054/18 instaurado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo. Desse total R$ 500 mil serão destinados à esterilização de cães e gatos, por meio de castrações.
Outros R$ 350 mil vão para a compra de medicamentos para o Hospital Municipal Veterinário – que inclusive tem o nome de Manchinha – ou que estejam no canil municipal. E R$ 150 mil para a aquisição e entrega de rações para associações, ONGs e entidades que cuidam de animais em Osasco.
País pede Justiça por morte
Consternação, revolta, comoção e sentimento de que justiça seja feita. Isso é o que a maioria das pessoas que assiste ao vídeo de crueldade desejam após a morte de um cachorro dentro do hipermercado Carrefour, em Osasco, na sexta, 28, após ser espancada por um segurança. O caso está entre os assuntos mais comentados nas ruas e redes sociais.
A coordenadora da ONG Ação pró Vida Animal e Meio Ambiente (Avama), Jacy Malagoli, tomou conhecimento do fato e cobra providências. “Estamos acompanhando e indignados como todos que gostam e respeitam a vida e animais”, comenta Jacy. Segundo ela, a direção do hipermercado não dialogou com as ONGs.
Um inquérito foi aberto pela Delegacia do Meio Ambiente para apurar fatos e punir culpados. O segurança foi identificado e ouvido na tarde de ontem, 06, confessou o crime mas diz não ter envenenado o animal. Ele afirma que prestou socorro. As imagens de câmeras estão em análise pela polícia.
por Rodolfo Andrade em 7 de dezembro de 2018.