Valor é referente a débitos em escola do Tamboré, onde as filhas do ex-jogador do Corinthians e pentacampeão mundial estudaram. Medalhas e troféus serão usados para abater pagamentos
A Justiça de São Paulo determinou a penhora de todos os troféus e medalhas do ex-jogador Marcos André Batista Santos, 49, conhecido popularmente como Vampeta. A decisão é referente ao processo no qual o ex-craque foi condenado a pagar uma dívida de R$ 249 mil com a Escola Castanheiras, instalada no Tamboré, na cidade de Santana de Parnaíba. As informações foram publicadas nesta terça-feira (25), na coluna do jornalista Rogério Gentile, no “UOL”.
As filhas de Vampeta estudaram na instituição de ensino em 2013. A dívida corresponde a valores atualizados até julho de 2022, incluindo juros, correção monetária e multa. O processo transitou em julgado. Isso significa que o jogador e Roberta Soares, sua ex-mulher, não podem mais recorrer. Eles apenas podem questionar o cálculo da atualização dos valores, assim como a penhora.
Entre os prêmios estão as medalhas do penta, da Copa América de 1999, do título mundial de clubes de 2000 e dos campeonatos brasileiros de 1998 e 1999. Móveis, utensílios e eletrodomésticos da residência de Vampeta também estão incluídos na penhora.
Em agosto de 2022, no mesmo processo, a Justiça já havia determinado o bloqueio das contas bancárias do ex-jogador e de Roberta, mas apenas a quantia de R$ 3.385 foi encontrada. A juíza, então, determinou que o valor seja transferido para a escola a fim de abater a dívida.
EMBATE ENTRE O EX-CASAL
O jogador tentou impugnar a sentença em agosto do ano passado, alegando que, como não assinou o contrato com a escola, a ação não competia a ele. Segundo Vampeta, Roberta era a única pessoa responsável pelos pagamentos, tendo firmado a dívida. A juíza não aceitou o argumento, afirmando que a responsabilidade sobre a manutenção dos filhos no ensino regular é de ambos os pais, o que é destacado no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
A ex-mulher de Vampeta também argumentou na Justiça, alegando que os documentos apresentados pela instituição de ensino não comprovavam a inadimplência. Porém, sua defesa também foi rejeitada pela Justiça de São Paulo.
*Com informações da coluna de Rogério Gentile, do “UOL”.