Logo Giro
Search
Close this search box.
giro

Oposição apresenta pedido de CPI da saúde em Osasco

Logo Giro
Vereador Tinha fez discurso em defesa da Comissão – Foto: Vanessa Dainesi/GiroS/A

O vereador Tinha Di Ferreira  (PTB) apresentou na sessão desta terça-feira, 19, um pedido de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar a situação da Saúde de Osasco. O documento conta com três assinaturas dos vereadores: Severino, Dr. Lindoso (PSDB) e Dra. Régia (PDT). 

Ao fazer uso da tribuna, o vereador, que utilizou uma camiseta com os dizeres “Luto pela Saúde de Osasco”, afirma que constatou durante visita ao Hospital Antônio Giglio, a falta de profissionais da saúde – médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagens – que, segundo o parlamentar, foram demitidos pela nova OS Santa Casa de Pacaembu que administra a unidade. A princípio, Severino afirmou que o número de demitidos poderia chegar a 400 funcionários, mas, revelou que o total chegou a 278 nomes desligados. “Só não chegou a esse número, pois chegamos [Severino e Dr. Lindoso] para fazer uma vistoria na unidade”, explica.

Severino ainda denunciou o uso de amostras grátis dentro do hospital e a presença de apenas uma auxiliar de enfermagem na unidade para atender os pacientes. “Quero saber para onde vai o dinheiro para comprar remédios. Os pacientes estão levando roupas de casa. Além disso, estamos pagando por 200 leitos, mas, apenas 76 estavam ocupados e também encontramos apenas uma auxiliar de enfermagem. Então, peço aos vereadores que assinem esse pedido de CPI para apurarmos o que está acontecendo”, completa.

Já Dr. Lindoso lembrou que o papel do vereador é fiscalizar e afirma que ele recebeu uma denúncia de um munícipe e foi até a unidade para checar. “Tá tudo errado, não importa se o vereador usa ou não a rede pública. Nós somos vereadores e temos que fiscalizar. Mudou a OS, mas não mudou a forma de atendimento do hospital. Vou além, as UBS não tem remédios, a Farmácia Central é desorganizada, as pessoas ficam aglomeradas. Até quando vamos ficar fazendo esse jogo de empurra, o que nós queremos é que a saúde funcione, pois, é a vida de pessoas”, disse.

O líder do prefeito, vereador Toniolo (PCdoB) explicou que a ISSRV continua administrando as três UPAS – Centro, Vila Menck e Conceição. “Na verdade, esses funcionários não foram demitidos, eles foram devolvidos para o ISSRV, então, eles devem ser absorvidos nas UPAS e por outras unidades administradas pela ISSRV. Mas, é claro que nos cargos de confiança é natural que a nova organização faça a demissão. Então, precisamos enfatizar que não faltam profissionais”, garante.

Em entrevista ao Giro S/A, na última sexta-feira, 15, o prefeito de Osasco, Rogério Lins (Pode) negou a demissão em massa de funcionários. Ele afirmou que os profissionais da unidade pertenciam a antiga OS e que a nova organização ficará com parte dos funcionários. “Não houve 400, o que acontece é que esses funcionários são da antiga organização. A Santa Casa de Pacaembu já iniciou as entrevista e vai incorporar parte desses funcionários, enquanto, os demais vão permanecer no ISSRV que pode aproveitar esses profissionais para outras unidades, inclusive, nas UPAs que eles administram em Osasco”, disse.

Questionado sobre o crescimento da oposição, o prefeito afirmou que não se preocupa com isso, desde que o trabalho seja sério. “A oposição precisa existir, mas, precisa ser uma oposição responsável que faça um trabalho sério”, garante.

Receba nossas notícias em seu e-mail