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Cotia: prefeito Rogério Franco não exonera secretários investigados por crime ambiental e corrupção

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Prefeito de Cotia, Rogério Franco; vereador Sérgio Folha; secretários Vitor Marques (Jurídico) e Gustavo Gemente (Meio Ambiente) (Francisco Cepeda/Giro S/A / Divulgação / CMC / Divulgação / PMC)

O prefeito de Cotia, Rogério Franco (PSD), garantiu que manterá os dois secretários investigados na operação do Gaeco e a Polícia Militar Ambiental, nos cargos. “Tudo é muito prematuro ainda e a Prefeitura aguardará, com serenidade, o resultado das investigações e a apresentação das defesas”, revelou.

Franco ainda negou ser investigado e afirmou que nunca foi procurado pelos envolvidos. “O prefeito informa que se surpreendeu com as alegações inverídicas, pois não é sequer investigado sobre esses fatos. Em nenhum momento teve contato com os envolvidos”, diz a nota.

O gestor municipal ainda explicou que o espaço investigado não teve autorização para fazer o loteamento. “É uma área embargada cuja autorização para loteamento não foi concedida pelo município. A Prefeitura, bem como a Cetesb, a Polícia Ambiental e o próprio MP, acompanham a situação da área. A Prefeitura moveu ação de reintegração de posse, além das ações do MP. Diversas reuniões com as autoridades foram realizadas para dar cumprimento à reintegração, que só não ocorreu, ainda, em razão de decisão judicial”, explica o texto.

O vereador Sérgio Folha (PV), ex-secretário de Habitação e os secretários Vitor Marque (Assuntos Jurídicos) e Gustavo Gemente (Meio Ambiente) foram alvos da ação para desarticular uma organização pelos crimes de loteamento clandestino, corrupção ativa e passiva. A Operação Nerthus visa desarticular uma organização criminosa que pratica crimes contra a lei de parcelamento do solo, contra o meio ambiente e de corrupção ativa e passiva na cidade. O Gaeco informou a apreensão de R$ 122 mil com os dois secretários do município.

Investigação
A investigação teve origem com a Operação Fast Track, deflagrada em novembro de 2020, quando se identificou e desarticulou uma célula jurídica da facção criminosa denominada Primeiro Comando da Capital (PCC), “Setor Universo”. Com base nos elementos colhidos naquela investigação, também presidida pelo Gaeco, identificou-se uma organização criminosa que atua desde meados de 2018 no Parque das Nascentes, em Cotia.

De acordo com a apuração, o local apresenta grande relevância ambiental por abarcar 13 nascentes e respectivos cursos d’água. Trata-se de Área de Preservação Permanente (APP). Porém, a região tem sido alvo da organização criminosa investigada, que passou a implantar loteamentos clandestinos. Para tanto, utiliza-se de mecanismos agressivos de desmonte ambiental, o assim denominado “correntão”. Além de gravemente lesivo à flora, a prática resulta em alta mortandade de animais, que não conseguem fugir.

O Ministério Público (MP) também apura a possível participação do prefeito de Cotia, Rogério Franco no caso. Segundo o portal “Cotia e Cia” um dos suspeitos de integrar a organização criminosa, revelou ao MP, que teria participado de reuniões dentro da Prefeitura de Cotia, ocasiões em que foram articuladas estratégias de atuação envolvendo servidores públicos municipais e que em um diálogo por telefone entre dois suspeitos, o MP afirma que foi possível concluir que ambos se referiam a Rogério Franco com o termo ‘homi’.

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