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Entrevista: “Cotia não terá reajuste de tarifa”, diz Rogério Franco sobre transporte coletivo

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Para celebrar a data prefeito fará a entrega de uma creche e um complexo esportivo (Marcelo Collim/Giro S/A)

No sábado (2), Cotia completa 166 anos. Para falar sobre investimentos e metas para os próximos anos, o prefeito Rogério Franco (PSD) recebeu a reportagem do Giro S/A em seu gabinete para conceder entrevista exclusiva. Franco citou avanços nas obras do Pronto Atendimento Infantil, a creche e o complexo esportivo no Turiguara. Também falou sobre os investimentos em Segurança e Mobilidade, bem como a sucessão em 2024.

Cotia completa 166 anos. Quais as ações para festejar o aniversário?

Passamos por um momento muito difícil de pandemia, muitas coisas nós tivemos que diminuir o ritmo por não saber como seria o andamento da pandemia. Mas, nós investimentos muito na educação. Este mês, nós entregamos uma creche em Caucaia do Alto. Agora, em abril vamos entregar uma creche com mais de 800 vagas e um complexo esportivo que serão entregues, na comunidade do Aracan, no Parque Turiguara. Além disso, também teremos a entrega de novas viaturas para a nossa guarda. Estamos também com as obras bem aceleradas no Pronto Atendimento Infantil. Estamos com muitas ações para diminuir o impacto da pandemia na vida das pessoas.

Como está a expectativa para as comemorações após dois anos de restrições?

É um momento não só de comemorar o aniversário, mas de festejar a vida. Perdemos muitas pessoas durante essa pandemia que veio para trazer uma nova característica e conceito de vida para todos nós. Então, nós preparamos um show do Leonardo. Nós queremos que as pessoas voltem a festejar, que elas possam se reunir e se juntar com segurança. Neste ponto, a vacinação foi e continua sendo muito importante, então, quem ainda não tiver se imunizado, que procure uma unidade de saúde para receber a vacina. E o poder público tem que orientar as pessoas para que possamos superar todo esse momento.

A Educação foi um desafio durante a pandemia. Quais os investimentos preparados para o setor?

Durante esse período de pandemia, nós fizemos a aquisição de materiais para que os alunos fizessem as atividades em casa, com orientação dos professores e diretores, através de uma plataforma e com orientação voltada também para os pais. Acredito que tudo isso contribui para superarmos esse momento delicado da educação. Neste período, nós aproveitamos para reformar mais de 60 escolas e creches. Tudo foi preparado com muito carinho para que a volta fosse diferenciada, para que as crianças vissem a escola como um ambiente agradável. Estamos investimento em tecnologia com as lousas digitais e com um material diferenciado para despertar o interesse das crianças no conteúdo. Acredito que Cotia tem se destaco na região nesta questão educacional.

Qual a meta para a educação?

Conseguimos encerrar o ano de 2021, pela primeira vez, zerando a demanda por vaga em creche. Isso foi algo muito positivo. Queremos manter as crianças na sala de aula, os pais dos alunos tendo tranquilidade de que vão conseguir vagas em creches e nas salas de aula. Nosso objetivo é preparar essas crianças para o futuro, pois, quem investe em Educação, abre a porta para o futuro, tira as crianças da rua.

Como está o andamento da obra do Pronto Atendimento Infantil?

Nós finalizamos a parte da obra e estamos ingressando na parte do equipamento. Alguns equipamentos, devido à pandemia, têm um prazo de entrega maior, mas vamos entregar no segundo semestre deste ano. Essa unidade vai garantir tranquilidade aos pais, com um atendimento 24 horas, com pediatra, neurocirurgião, com toda a equipe médica necessária, para atender qualquer tipo de emergência, tendo ambulância 24 horas por dia. Esse é um sonho da nossa cidade e estamos cumprindo esse papel de realizar este sonho.

Quais os demais investimentos em saúde?

Foi um desafio para todos os gestores. Tivemos grandes acertos na pandemia, um deles foi montar a estrutura de hospital de Campanha que chegou a ter 100% dos leitos ocupados. Tivemos a luta por respiradores que teve todo aquele conflito com o Ministério da Saúde. Agora, o maior desafio é volta a atender toda a demanda reprimida, de exames e consultas, nas unidades de saúde. E a gente precisa saber equilibrar essa demanda com a estrutura que temos, pois uma hora esse déficit, gerado pela pandemia, vai acabar e não podemos ter uma estrutura ociosa.

O consórcio Cioeste abriu um chamamento para fazer o convênio com clínicas particulares para atender essa demanda reprimida nas cidades. Como está o andamento dessa negociação?

O Cioeste é um dos principais consórcios do Brasil e é presidido pelo prefeito de Osasco, Rogério Lins e tem uma equipe técnica muito boa. Eles estão conversando em todas as cidades com as clínicas e laboratórios para que possam aderir uma ata dentro do consórcio, para que a gente possa resolver essa questão da demanda reprimida e reorganizar as cidades. Agora, estamos em uma fase de convencimento, pois trabalhamos com a tabela SUS e muitos querem trabalhar com a tabela comercial. Então, a ideia é mostrar a importância desse trabalho no social.

O senhor falou sobre ampliar os totens de segurança. Quais outros investimentos no setor?

Estamos preparando um concurso para nomear mais 150 guardas, porque temos uma complexidade muito grande, pois fazemos divisa com 11 municípios e temos nove rotas de fuga e isso aumenta o trabalho da nossa guarda municipal. Temos uma das guardas mais preparadas no Brasil. As novas viaturas chegam nesta semana e vem de encontro com a estrutura da guarda para fazer um melhor atendimento, pois viaturas novas são mais ágeis. Os Totens nós ampliamos e agora temos 37 equipamentos em pontos estratégicos da cidade, pois os criminosos precisam pensar por onde podem passar, pois eles estão sendo filmados e serão detidos, com isso, diminuímos todos os índices de criminalidade da nossa cidade.

O governador João Doria autorizou R$ 96 milhões para intervenções na rodovia Raposo Tavares. Como está andamento das obras?

Esse é um tema muito importante e que assombra a nossa população há muitos anos. Passei por vários momentos e mandatos de vários governadores passaram por aqui e anunciaram essa obra da rodovia Raposo Tavares. Essa é uma obra fundamental para a mobilidade de Cotia e para todos que utilizam a rodovia. Vejo que muitas pessoas de Osasco, Carapicuíba, Itapevi, que poderiam utilizar a rodovia Castello Branco, acabam escolhendo a Raposo Tavares que não é pedagiada. Então, fomos conversar com o governador João Doria e ele me propôs o seguinte: a prefeitura assume o projeto executivo da obra que é complexo e o governo do estado executa a obra. Não foi uma transferência de recursos. Então, a Prefeitura de Cotia contratou o projeto executivo, nós pagamos o projeto executivo e entreguei para o governo do estado. Então, era para essa obra estar licitada desde outubro ou novembro. Nós já estamos no mês de março e não houve nem a licitação da obra. Então, resumindo para mim é uma frustração, pior do que os outros, pois ainda teve uma contrapartida da Prefeitura com o projeto executivo, mas ainda não perdi totalmente a esperança de que a obra seja feita. Não sei dizer se tem alguma conotação política que possa ter interferido.

Como garantir um desenvolvimento preservando o meio ambiente?

É sempre um grande desafio. São 323 quilômetros quadrados sendo que 50% é área de preservação. Temos a nossa guarda ambiental muito atenta a essa questão de invasão, claro, que às vezes, acontece um caso ou outro, mas temos vários temas entorno do meio ambiente e no progresso da cidade que precisam de uma discussão mais ampla. Tínhamos uma questão que antiga que falava que Cotia não podia ser verticalizada, mas isso, não se enquadra mais no nosso modelo de moradia. Esse é um tema que temos que discutir com a população. Temos a região de Caucaia do Alto que é muita agrícola e tem a reserva do Morro Grande que o pulmão da Grande São Paulo. Temos investido em orientação da população e das crianças para formar cidadãos mais responsáveis.

Houve um aumento na busca por ajuda social por parte da população devido à crise financeira?

Houve muito. As pessoas além de estarem desempregadas, devido à consequências da pandemia, também enfrentam questões envolvendo o salário, pois elas não conseguem mais consumir as mesmas coisas que consumiam há dois anos. Aumento muito a busca por cesta básica e outros programas sociais. Este mês teremos a páscoa solidária, pois a pessoa de classe média a compra de um ovo de páscoa não gera impacto na vida dela, mas, muitas vezes, para um assalariado ou desempregado faz uma grande diferença, pois ele precisa deixar de comprar algo para comprar um ovo de páscoa para o filho. Então, aumento muito a busca por cesta básica e alimentos que compõem a necessidade primária, como arroz, feijão, óleo, entre outros. Agora, o desafio é investir nesses programas até que o Brasil passe por essa crise social.

Existe um projeto no Congresso para subsidiar a tarifa do transporte público. Como está essa questão? Cotia pretende manter o valor da passagem?

Nosso presidente do Cioeste tem feito algumas reuniões com senadores e deputados, mas essa questão está em pauta no Congresso, mas ainda não avançou. Estamos no terceiro ano sem reajuste da tarifa e é claro que temos uma pressão das empresas, e com razão: tem aumento do valor do diesel, pneu e outros custos. Eles apresentam uma planilha que esta tarifa precisa de reajuste, mas o governo federal não apresenta uma solução para o trabalhador poder pagar o aumento da tarifa. Se ele tem aumento do salário, tudo bem. Mas, ele não tem aumento do salário, os bens de consumo aumentando e vão reajustar a tarifa. Então, optamos por não aumentar. Enquanto não tiver uma decisão sobre isso em Cotia não terá aumento de tarifa. Cotia não tem e não deve ter nos próximos anos. Não vou utilizar dinheiro público para subsidiar transporte, prefiro investir em Educação, Saúde e em programas sociais.

Quem o senhor pretende escolher para ser o seu candidato a sucessão em 2024?
Ainda falta muito tempo para a próxima eleição. Então, ainda não começamos a tratar deste tema. Esse será um assunto que ficará para o último ano do mandato, apenas em 2024, vamos discutir e anunciar um nome.

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