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Polícia divulga foto dos suspeitos de morte do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes

Felipe Avelino da Silva (à esq.) e Flávio Henrique Ferreira de Souza, suspeitos da execução do ex-delegado Ruy Ferraz (Reprodução/Redes sociais)

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, divulgou nesta quinta-feira (18) os nomes e fotos de dois suspeitos de participar do assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, morto em uma emboscada no litoral paulista.

Os procurados são Felipe Avelino da Silva, conhecido no PCC como Masquerano, e Flávio Henrique Ferreira de Souza, de 24 anos. Ambos estão foragidos e são alvo de mandados de prisão.

Segundo Derrite, não há dúvidas sobre a participação do crime organizado no homicídio. “A dúvida é se a execução foi motivada pelo combate ao PCC durante toda a carreira do delegado ou por sua atuação atual como secretário em Praia Grande”, afirmou.

Como os suspeitos foram identificados

A polícia chegou aos nomes por meio de material genético encontrado em um dos carros usados no crime. Ainda não está claro, porém, qual foi o papel de cada um na execução. De acordo com a polícia, Silva é de São Bernardo e tem antecedentes por roubo e tráfico.

A delegada Ivalda Aleixo, chefe do DHPP, disse que a investigação apura o número de envolvidos. Até agora, imagens mostram a ação direta de alguns criminosos, enquanto outras participações ainda estão sob análise.

Prisão de mulher por apoio logístico

Uma mulher também foi presa por suspeita de envolvimento na logística do assassinato. Dahesly Oliveira Pires, de 25 anos, admitiu ter levado um fuzil usado no crime da Baixada Santista para São Paulo. “Extraoficialmente ela disse que sabia que carregava o fuzil”, relatou o delegado-geral de Polícia, Artur Dian.

A prisão é temporária, válida por 30 dias e renovável pelo mesmo período. A defesa informou que só irá se pronunciar após acesso integral ao processo.

Histórico de combate ao PCC

Ruy Ferraz Fontes tinha 64 anos e quase 40 anos de carreira na Polícia Civil de São Paulo. Foi um dos pioneiros na investigação do PCC e participou da prisão de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, principal liderança da facção.

Desde janeiro de 2023, ele comandava a Secretaria de Administração de Praia Grande. Foi assassinado na segunda-feira (15), logo após sair do expediente na prefeitura.

As linhas de investigação consideram duas hipóteses: represália do PCC pelo histórico de enfrentamento à facção ou motivação ligada à atuação recente na administração municipal de Praia Grande.

Operação em andamento

Equipes do DHPP e do Deic estão à frente das investigações. Oito mandados de busca e apreensão já foram cumpridos na capital e na Grande São Paulo.