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Osasco: Justiça absolve vereador Josias da Juco na ação Caça-Fantasmas

Segundo o advogado de defesa, Leonardo Pantaleão, para comprovar a inocência do vereador osasquense foram anexados ao processo mais de 10 mil documentos para comprovar a existência do trabalho
Vereador Josias da Juco é absolvido pela Justiça (Divulgação/Ricardo Migliorini/CMO)

Segundo o advogado de defesa, Leonardo Pantaleão, para comprovar a inocência do vereador osasquense foram anexados ao processo mais de 10 mil documentos para comprovar a existência do trabalho

A juíza Márcia de Mello Alcoforado Herrero, da Vara Criminal de Osasco, absolveu o ex-vereador Josias da Juco (PSD) da acusação de esquema fraudulento para a contratação de funcionários fantasmas na Câmara Municipal. O Ministério Público de São Paulo (MPSP) pode recorrer da decisão.

Segundo o advogado de defesa do parlamentar, Leonardo Pantaleão, para comprovar a inocência do vereador osasquense foram anexados ao processo mais de 10 mil documentos para comprovar a existência do trabalho. “Foram mais 10 mil páginas comprovando o trabalho. Na verdade, desde quando surgiu a acusação, nós da defesa tínhamos grande tranquilidade para elaborar a defesa, pois houve um equívoco do Ministério Público partiu da premissa de que quem não estava lá trabalhava, não estava trabalhando”, explicou.

O advogado explicou ainda que a quantidade de documentos ajudou a comprovar a função dos funcionários do vereador Josias foi fundamental no processo. “Até a juíza fez menção da quantidade de documentos que foram anexados. Nós só lamentamos que tudo isso tenha acontecido, pois se o Ministério Público tivesse conversado com os vereadores e entendido a função de cada funcionário e estava sendo cumprindo o regimento da Casa, isso não teria acontecido”, completou.  

Outros seis acusados ainda não tiveram sentenças proferidas pela magistrada.

Caça-Fantasma
Desde que foi deflagrada, em agosto de 2015, a Operação Caça-Fantasmas investigou um esquema fraudulento para a contratação de funcionários fantasmas na Câmara Municipal de Osasco. O Ministério Público ofereceu denúncia contra 14 vereadores, de 11 partidos diferentes, e 205 assessores fantasmas pela prática dos crimes de organização criminosa e de estelionato, em estruturada organização criminosa voltada para a lesar os cofres públicos. Até o momento, identificou-se o desvio de R$ 21 milhões.