Segundo a SSP-SP, atualmente 566 oficiais atuam nesse tipo de patrulhamento, promovido no entorno das unidades de ensino. Órgão não divulgará dados de incidentes para evitar efeito de contágio
Para evitar outras tentativas de ataques às escolas da rede estadual, a Polícia Militar ampliou as rondas escolares. A medida foi tomada após casos recentes de ataques a escolas no país. A reportagem do jornal Giro, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou, nesta quarta-feira (12), que 566 policiais militares realizam este trabalho preventivo no entorno das unidades de ensino.
“O policiamento de Ronda Escolar é realizado diariamente nos estabelecimentos de ensino e suas proximidades, visando atender às necessidades relacionadas à segurança da comunidade escolar”, explica a comunicação do 20º Batalhão da Polícia Militar, responsável pelo policiamento nas cidades de Barueri, Pirapora do Bom Jesus, Itapevi, Santana de Parnaíba e Jandira.
O patrulhamento nas imediações também é feito por policiais a pé e em motocicletas. Ainda segundo o órgão de segurança pública, esse tipo de acompanhamento faz com que professores e alunos conheçam as equipes que trabalham na segurança escolar do bairro em que estudam.
Sem compartilhamento
À reportagem, a SSP-SP explicou que por meio de pesquisas junto a Secretaria de Estadual de Educação, identificou-se que o compartilhamento de fotos e vídeos de casos de violência no ambiente escolar pode servir de gatilho para outros atentados. Em virtude disso, a entidade irá evitar externar números sobre esse tipo de incidentes.
“Da mesma forma, percebe-se que a divulgação de ameaças (muitas das quais não passam de boatos) tem seguido o mesmo comportamento. Quanto mais se noticia, mais casos surgem. Além do efeito contágio, a divulgação dessas ameaças cria uma sensação de pânico generalizado em pais e professores – motivo pelo qual a pasta acredita que deve ser reavaliada”, reiterou o órgão.
Todos os casos de ameaça seguem sendo investigados pela Polícia Civil, juntamente com a as diretorias das unidades escolares e as diretorias de ensino regionais. Caso as ocorrências sejam confirmadas, os processos são tratados pela Vara da Infância e Juventude de São Paulo.