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Justiça condena dois pelo assalto à casa dos sogros de Neymar

O crime ocorreu em novembro de 2023, onde 3 homens armados invadiram a casa e renderam os sogros de Neymar, Edson e Telma Ribeiro
Crime ocorreu em novembro de 2023 (Reprodução/TV globo)

O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou dois acusados de invadir e assaltar a casa dos pais de Bruna Biancardi, a esposa do jogador Neymar, na região da Granja Viana, em Cotia. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (10).

O crime ocorreu em novembro de 2023, onde três homens armados invadiram a casa e renderam os sogros de Neymar, Edson e Telma Ribeiro, em um condomínio de luxo fechado. Bruna Biancardi não estava no local na hora do assalto.

Naquela noite, o condomínio em que vivia os sogros de Neymar, estava sem energia elétrica, por causa de um temporal. Os ladrões usaram cadarços para imobilizar os pais dela e fugiram levando bolsas de grife, relógios e joias.

Eduardo Seganfredo Vasconcelos, o único preso pelo crime, foi condenado a anos anos e dez meses, inicialmente em regime fechado. Enquanto Pedro Henrique Vasconcelos, que ainda está foragido das autoridades, foi submetido a uma pena de nove anos e três meses de prisão, também em regime inicialmente fechado. A defesa deles não foi localizada.

A Polícia ainda procura o terceiro suspeito do crime contra os sogros de Neymar, que é conhecido apenas como “Europa”. De acordo com Maria Luiza de Almeida Vilhena, da Vara Criminal de Cotia, os réus não poderão recorrer em liberdade.

Como foi esclarecido o crime na casa dos sogros de Neymar

Um dos acusados de assaltar a casa dos pais da namorada de Neymar saiu pela porta da delegacia mesmo com prisão decretada (Reprodução/TV Globo)

Conforme o G1, o caso foi esclarecido rapidamente. Os criminosos foram flagrados chegando de carro, onde viviam os sogros do Neymar, por câmaras de segurança da portaria do empreendimento, que funcionava por meio de geradores.

Um deles era vizinho dos pais dos sogros de Neymar. Já Eduardo Vasconcelos tinha 19 anos na época. A filmagem mostrou também outros dois suspeitos dentro do veículo: Pedro, então com 18 anos, e o homem conhecido apenas pelo apelido de “Europa”.

Conforme o programa Fantástico, da TV Globo, exibiu em maio deste ano, um dos acusados de assaltar a casa dos sogros de Neymar, saiu pela porta da delegacia mesmo com prisão decretada.

Para despistar a Polícia, a família de Pedro chegou a dizer  que o rapaz estava morto, mas os investigadores conseguiram descobrir que ele está vivo. Na época, ele não foi preso em virtude de uma falha do sistema de justiça criminal.

 Policiais militares levaram Pedro para uma delegacia, mas, depois de algumas horas, ele saiu tranquilamente pela porta da frente porque o mandado de prisão que a Justiça expediu contra Pedro pelo assalto na casa dos pais de Bruna não aparecia no sistema.

Como foram as prisões dos acusados

Para compreender o que aconteceu, é preciso voltar ao dia 19 de abril, na favela de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo. Naquela noite, policiais militares que faziam patrulhamento resolveram abordar um carro considerado suspeito.

O motorista acelerou e deu início a uma perseguição, que só terminou quando o veículo foi fechado por outro carro. Segundo a polícia, o condutor afirmou ter fugido porque estaria sendo ameaçado pelos dois passageiros. Ele acabou liberado, enquanto os homens que estavam no banco de trás foram presos.

Na delegacia, um dos detidos apresentou um RG falso com o nome de Leonardo dos Santos Vasconcelos. Porém, a análise das digitais revelou sua identidade real: Pedro Henrique dos Santos Vasconcelos.

De acordo com os PMs, Pedro tentou quebrar o celular no momento da detenção, e com ele também foi encontrada uma touca ninja. A delegada de plantão o autuou por uso de documento falso e o liberou, já que se trata de um crime de menor potencial ofensivo.

O que dizem a defesa, o TJ-SP e a SSP

Naquele momento, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) informou que o mandado de prisão contra Pedro “foi expedido durante a fase de inquérito, sob sigilo”, motivo pelo qual não aparecia em consultas públicas. A assessoria do tribunal afirmou, por telefone, que autoridades policiais conseguiriam acessar o mandado pelo sistema interno.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) disse, na época, que todas as verificações foram feitas nos sistemas disponíveis no dia da prisão e que não havia nenhuma ordem judicial registrada contra Pedro.

Quem é o responsável?

O mandado de prisão temporária contra Pedro — relativo ao assalto à casa dos pais de Bruna Biancardi — continua válido até 2033. Mas permanece a questão: de quem é a responsabilidade de registrar essa informação no sistema?

Segundo especialistas, a própria autoridade que determina a prisão tem acesso ao sistema e pode incluir o mandado. Isso pode ser feito diretamente por ela ou por um servidor designado para essa função.

Enquanto a responsabilidade pela falha é discutida, Pedro segue foragido.

Com informações do portal G1.

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