Segundo o pesquisador do IBGE, André Macedo, o impacto da pandemia “fica evidenciado quando se compara com o mês de fevereiro, já que a taxa é fortemente negativa e representa a queda mais intensa desde maio de 2018, quando houve a greve dos caminhoneiros. E não apenas pela magnitude da taxa, mas também pelo alargamento por diversas atividades, incluindo todas as quatro categorias econômicas e 23 das 26 atividades pesquisadas”.
Em analogia ao mês de março de 2019, a queda chegou a 3,8%. No total, a indústria acumula perdas de 2,4% na média móvel trimestral, 1,7% no ano e 1% em 12 meses.
O declínio foi o maior desde 2018, quando foi registrado baixa de 11%. Nos 23 dos 26 setores pesquisados para o levantamento houve bruscas de 28% na produção de veículos automotores, reboques e carrocerias.
Confecção de artigos do vestuário e acessórios caiu 37,8%, bebidas 19,4%, couro, artigos para viagem e calçados 31,5% e produtos de borracha e de material plástico de 12,5%.
Os setores que mais cresceram foram impressão e reprodução de gravações (8,4%), perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (0,7%) e manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos de (0,3%).
Os setores de bens de capital, que são maquinários destinados a serem usados no setor produtivo tiveram queda 15,2%, bens de consumo semi e não duráveis seguiram o mesmo gráfico de queda (12%). Os bens intermediários, isto é, insumos industrializados usados no setor produtivo registram queda de 3,8%.