Caso ocorreu na Vila Dirce. A Secretaria de Segurança Pública afirmou em nota que os policiais militares envolvidos serão mantidos em serviço administrativo até a conclusão das investigações
Um homem, que não teve a identidade revelada, foi enforcado e agredido por policiais militares durante ocorrência na cidade de Carapicuíba. O caso ocorreu quinta-feira (23), na rua Uchôa, Vila Dirce. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP/SP) afirmou que abordagens violentas não fazem parte das diretrizes da pasta e que não serão toleradas. O ouvidor da Polícia, professor Claudinho Silva, revelou que abriu um procedimento para apurar o caso e solicitou imagens das câmeras utilizadas pelos policiais.
Segundo documento no qual a reportagem do jornal “Folha de São Paulo” teve acesso, os policiais militares foram acionados para atender ocorrência de agressão em um supermercado de Carapicuíba. Ao chegarem ao local, os PMs souberam que se tratava de um sequestro com o envolvimento de dois homens e uma mulher.
Após o cerco dos policiais, a mulher foi presa, no entanto os dois homens suspeitos conseguiram escapar. Horas mais tarde um deles foi detido na avenida Inocêncio Seráfico. O segundo suspeito foi visto correndo sobre telhados de casas na rua Uchôa. Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra um PM em cima de um telhado pedindo para um dos suspeitos se render. O homem não atende ao pedido e as telhas se quebram e ele cai.
Em outro vídeo, o suspeito aparece caído no chão dominado por um PM, que o segura com um mata-leão, tipo de golpe proibido na PM. Na sequência, outro policial se aproxima e passa a agredi-lo com socos. É possível contar ao menos cinco golpes antes do fim do vídeo. O suspeito foi levado para a delegacia.
PM gravemente ferido
Durante a ação, um PM ficou ferido em estado grave após cair do telhado e bater com a cabeça no chão. O agente foi socorrido pelo helicóptero da PM e levado até o Hospital das Clínicas, na capital paulista. O estado de saúde do profissional não foi atualizado pela corporação até o momento.
A SSP afirmou que o Comando de Policiamento de Área Metropolitano 8, de Osasco, com o acompanhamento da Corregedoria da instituição, instaurou um inquérito policial militar para apurar o caso. “Os policiais envolvidos estão alocados no serviço administrativo até a conclusão das investigações, em até 60 dias. A SSP reitera que todo tipo de desvio de conduta será apurado e punido”, declarou a pasta.
*Com informações do portal “folha.com.br”.