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Editorial da edição 379

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“A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo o lugar”.

O pensamento de Martin Luther King Jr. serve muito como pano de fundo para um ano e cinco meses depois, a Justiça de São Paulo decidiu mandar a júri popular os quatro acusados de participação na chacina de Osasco que deixou 17 mortos em agosto de 2015.

Ao todo, são três policiais militares e um guarda civil, presos há mais de um ano, denunciados sob a suspeita de terem participado da maior chacina de São Paulo em represália a morte de um PM e de um guarda dias antes.

“Os elementos colhidos são de molde a se concluir que todos os réus devem ser julgados pelo Tribunal do Júri, pois há elementos suficientes de autoria, não se comprovando os álibis que trouxeram, e a singela narrativa restou, assim, isolada, de modo que a análise aprofundada das provas acerca da participação de cada um dos réus deverá ser feita pelo Juízo competente”, disse a juíza Élia Kinosita Bulman, da Vara do Júri e das Execuções Criminais de Osasco, que aceitou a denúncia do Ministério Público contra os quatro réus, que são acusados de 24 crimes de homicídio – 17 consumados e sete tentativas. Todos os réus negam a autoria e participação na chacina.

Mas não há justificativa para a barbárie. Se, de fato, forem culpados, que sejam punidos. Justiça não é só para uma classe de pessoas. Ele existe para todos. Ou deveria.

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