O governo federal finalmente lançou a nova política industrial para o setor automotivo, Rota 2030. O novo programa de incentivos vai conceder créditos tributários de até R$ 1,5 bilhão ao ano para montadoras e importadoras.
Em contrapartida, a indústria precisa garantir investimento mínimo anual de R$ 5 bilhões nas á reas de pesquisa e desenvolvimento (P&D). Haverá ainda novas exigências em relação à segurança, tecnologia e consumo de combustível. Por exemplo, até 2022, a meta é aumentar em 11% a eficiência energética dos veículos vendidos no país.
Para Juliana Inhasz, professora de economia do Insper, o novo programa segue a essência do acordo anterior, o Inovar Auto, com a diferença que desta vez há um incentivo no investimento de veículos híbridos e elétricos e sem punir os importadores, até por uma pressã o da OMC. Mas Juliana não enxerga preços mais acessíveis. “Montadoras precisam recuperar a demanda e recompor suas margem de lucro. O importado está mais caro com a alta do dólar e isso não ajuda a reduzir os preços dos nacionais”, explica.
Os híbridos e elétricos, por sua vez, deverão ter preço menor. Adalberto Maluf, diretor da Associação Brasileira de Veículos Elétricos, saúda a redução de IPI – deverá cair de 25 para 14%. “É um primeiro passo para permitir a consolidação no mercado”, afirma Maluf, que estima redução de 10% no preço final desses carros. O próximo passo é produzi-los nacionalmente.
