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Comércio exterior: Donald Trump negocia sobretaxa com Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, suspendeu a aplicação de tarifas de importações de aço e alumínio para produtos do Brasil, da União Europeia e cinco outros países, enquanto negocia a isenção das sobretaxas. 

“A ideia que o presidente tem é baseada em um certo critério, de que alguns países devem ser excluídos”, disse o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer durante uma audiência em comitê no Senado norte-americano, na quinta-feira (22). 

Lighthizer disse ainda que os Estados Unidos negociam, além do Brasil, com Canadá e México, Europa, Austrália, Argentina e Coreia do Sul.

No Brasil

A Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) considera “um alívio” a informação de que o governo norte-americano negociará com o Brasil nova tarifa para importação de aço e alumínio. A tarifa entraria em vigor nesta sexta-feira (23). 

“Foi bom. É um alívio e é a confirmação de que o bom senso prevaleceu. Principalmente em um momento de recuperação econômica, é importante para as siderúrgicas brasileiras que não haja interrupções. Temos de aguardar as negociações”, afirmou Thomaz Zanotto, diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex) da Fiesp. 

Zanotto acrescentou que o setor empresarial estava preocupado, pois a mudança traria prejuízo para a siderurgia brasileira, mas também para a dos Estados Unidos. “O aço brasileiro é insumo para a siderurgia norte-americana, a maior parte do que é exportado.”

O
 diretor da Fiesp disse acreditar que a negociação deve caminhar para uma aplicação de cotas de acordo com o histórico de exportação do país. “É o sistema de cotas baseado numa média aritmética, por exemplo, de desembarques feitos nos últimos dois ou três anos. Isso ainda vai ser negociado”, declarou. 

O presidente da Associação Brasil de Alumínio (Abal), Milton Rego, considerou um “alento” a notícia da negociação sobre o aço. “Depois de um início muito tumultuado, vemos isso com otimismo. Entendemos que possa ter um desfecho mais favorável.” 

Para Minton Rego, o melhor cenário seria que o Brasil fosse tratado como exceção e que seu aço e alumínio não fossem sobretaxados. “A indústria brasileira não compete com a americana, tanto do ponto de vista de aço – já que o que a gente exporta é um produto que vai entrar na indústria siderúrgica –, quanto no do alumínio, que a gente exporta o produto final. Nossa indústria não causa dano à norte-americana, no sentido de ter algum tipo de relação com a perda de competitividade”, explicou. 

“Nossa exportação de alumínio para os Estados Unidos não é tão relevante. Estamos entre a 8ª e a 10ª fonte de produto para o país. Então, não é muito. Por outro lado, os Estados Unidos são o principal destino de exportação de manufaturados de alumínio. Nesse sentido, é muito importante”, disse sobre o impacto das exportações no país.

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