Uma das maiores companhias de meio de pagamentos do Brasil, a Cielo, com sede em Barueri, obteve lucro líquido de R$ 336,9 milhões no 4º trimestre de 2021 (4T21). Esse montante representa alta de 13% em comparação ao mesmo período de 2020. Em relação ao trimestre anterior – julho, agosto e setembro de 2021 (3T21) – o crescimento foi de 59,0%.
A expansão moderada do processamento de pagamentos com cartões, a maior penetração de serviços de antecipação de recebíveis e o controle de despesas foram os fatores que levaram a empresa a registrar aumento do lucro no período, porém, com margens menores e nova redução da base de clientes.
Os chamados produtos de prazo, soluções que permitem aos clientes da Cielo antecipar seus fluxos de recebíveis, oriundos de transações a crédito à vista e parcelado, apresentaram novo salto de penetração no segmento de varejo e empreendedores, atingindo 44,8% no 4T21, ante 40,8% no 3T21.
Cartões de crédito e débito
Os pagamentos em cartões de crédito e de débito processados por sua rede no período cresceram 9,3% no comparativo anual, pouco abaixo da inflação do período, para R$ 208,4 bilhões.
As transações com cartões de crédito aumentaram 17,8%, mas os pagamentos com cartões de débito – que passaram a concorrer com o Pix – recuaram 0,7%.
Simultaneamente, a Cielo viu sua base de terminais de pagamentos ativos ter queda em torno de 200 mil equipamentos, para 1,2 milhão. Isso mostra que a empresa ofertou menores subsídios a lojistas.
No geral
Em contrapartida, a receita bruta com produtos de antecipação de recebíveis cresceu 46,8%, para R$ 119,9 milhões, com o panorama econômico adverso do Brasil levando lojistas a anteciparem mais recursos, mesmo a custos maiores, dado o ciclo de alta dos juros para conter a inflação.
A receita líquida da Cielo, no geral, atingiu R$ 3,14 bilhões no quarto trimestre de 2021, crescimento de 3,9% em 12 meses.
Já o resultado operacional somou R$ 789,5 milhões de outubro a dezembro pela métrica do lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda), elevação de 2,8% ano ao ano. Mas a margem caiu 0,3 ponto percentual, para 25,1%.
