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Economia: PIB cresce 1,2% no 2º semestre de 2022

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Male worker at a factory

Segundo o IBGE, o Produto Interno Bruto avançou 2,5% no primeiro semestre de 2022 e a atividade econômica do Brasil ficou 3,0% acima do patamar pré-pandemia

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (1) que o Produto Interno Bruto, o PIB, cresceu 1,2% no segundo trimestre de 2022 na comparação com período anterior, ou seja, o primeiro trimestre do ano. O resultado é o quarto positivo consecutivo do indicador, depois de ter recuado 0,3% no segundo trimestre do ano passado. O PIB chegou a R$ 2,404 trilhões em valores correntes, que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no Brasil. Para quem não sabe, o PIB é a soma dos bens e serviços finais produzidos no País.

O dado mostra que o Produto Interno Bruto avançou 2,5% no primeiro semestre de 2022 e a atividade econômica do Brasil ficou 3,0% acima do patamar pré-pandemia, verificado no quarto trimestre de 2019. Segundo o IBGE, a economia chegou também ao segundo patamar mais alto da série, atrás somente do que foi registrado no primeiro trimestre de 2014.

A instituição destaca que o crescimento no segundo trimestre foi influenciado pela alta de 1,3% nos serviços. Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, disse que os serviços estão pesando 70% na economia, fornecendo maior impacto nesse resultado.

“Dentro dos serviços, outras atividades de serviços (3,3%), transportes (3,0%) e informação e comunicação (2,9%) avançaram e puxaram essa alta. Em outras atividades de serviços estão os serviços presenciais, que estavam represados durante a pandemia, como os restaurantes e hotéis, por exemplo”, acrescentou Rebeca.

Com o resultado, o subsetor outras atividades de serviços está 4,4% acima do patamar pré-pandemia.

Outros segmentos

A indústria teve alta de 2,2% e este foi o segundo resultado positivo consecutivo do setor, após a queda de 0,9% no quarto trimestre de 2020. “Houve crescimento em todos os subsetores da indústria. Um deles é a construção civil, que vem enfrentando problemas há anos e foi bastante afetada na pandemia, mas está se recuperando há alguns trimestres”, explicou a coordenadora.

Já a agropecuária variou 0,5% no segundo trimestre de 2022. Segundo a coordenadora do IBGE, o setor é muito ligado à sazonalidade e, no semestre, vem caindo, puxada pela retração na produção da soja, que é a maior lavoura. “De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), a previsão é de queda de 12% nessa produção. Isso impactou bastante o resultado da agropecuária no ano”, destacou ela.

O consumo das famílias avançou 2,6% no segundo trimestre de 2022. O percentual é o maior desde o quarto trimestre de 2020, quando registrou 3,1%. “A alta do consumo das famílias está relacionada à volta do crescimento dos serviços prestados às famílias, em decorrência dos serviços presenciais que estão com a demanda represada na pandemia. Um reflexo disso é o aumento no preço das passagens aéreas, uma consequência do crescimento da demanda”, finalizou Rebeca.

Com informações de Agência Brasil

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