“A pegada continua completamente autobiográfica. Tudo o que eu escrevo é muito inspirado na minha vida. É uma doação que faço ao texto. Mas preciso de um tempo para escrever sobre o que aconteceu. Só fiz ‘Minha Vida em Marte’ cinco anos depois de separada”, conta Mônica, que transformou a própria carreira ao transpor suas questões pessoais para o sucesso teatral “Os Homens São de Marte…”, que foi adaptado para o cinema em 2014 e vendeu 1,8 milhão de ingressos.
Assim como o primeiro longa da franquia, a continuação foi precedida por uma montagem teatral, atualmente em cartaz em São Paulo e dirigida por Susana Garcia, irmã de Mônica que assumiu a mesma função na versão para a telona. Já o roteiro contou, além das duas irmãs, com a colaboração de Emanuel Aragão, Julia Lordello e Paulo Gustavo.
O intérprete de Dona Hermínia (a personagem principal de “Minha Mãe é uma Peça”), aliás, volta a contracenar com a amiga Mônica nesta continuação. Seu personagem, Aníbal, é quem ouve os desabafos de Fernanda sobre os conflitos e o desgaste do casamento com Tom. E, claro, faz inúmeras para tirá-la da fossa e divertir o espectador. O confidente também ajuda a sócia a responder a pergunta que martela em sua cabeça: são brigas passageiras ou acabou o amor? E a conclusão é que, por mais dura que seja, não se pode fugir da realidade.
“Pra romper um casamento precisa ter muita coragem. O divórcio é uma das maiores dores pelas quais podemos passar. Fui casada por 10 anos, me divorciei e senti um buraco. Você não se separa só do marido. É obrigada também a desfazer muitos laços e isso leva tempo. E a Fernanda, por mais romântica que seja, não atura tudo em nome de um projeto de ‘família feliz'”, conta Mônica, que também contracena com Gabriel Braga Nunes, Ricardo Pereira, Heitor Martinez e Fiorella Mattheis.