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Crítica de Cinema: Capitã Marvel

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Capitã Marvel chega para se tornar a nova cara da Casa da Ideias após os eventos de Vingadores – Ultimato, afinal é esperada uma total repaginação do Universo Cinematográfico da Marvel. Embora o filme procure se distanciar dos outros longas do estúdio, com tom diferenciado, algumas boas surpresas e ótima representatividade, ele deixa uma sensação de potencial desperdiçado, afinal não causa o impacto prometido.

Não se desanime, isso não significa que o filme é ruim, pelo contrário. Ele possui um belo clima de ficção científica dos anos 90, menos comédia do que os habituais filmes da Marvel e algumas reviravoltas interessantes. O foco é mostrar a origem de Carol Danvers em forma de flashbacks, enquanto ela está em uma missão na Terra, seu local de origem, embora não se lembre disso.

Com certeza é um dos filmes mais aguardados do ano, até porque todos querem ver a heroína salvar o universo em Vingadores: Ultimato, mas quem é essa mulher? Bem, Carol Danvers apareceu pela primeira vez em 1968 como coadjuvante em Marvel Super-Heroes. Ela é piloto da Força Aérea dos Estados Unidos e, nos quadrinhos, ganha seus poderes após uma explosão misturar seu DNA com a estrutura genética do então Capitão Marvel. Com isso, ela adquiriu capacidade de voo, super-resistência e invulnerabilidade. O filme não segue exatamente essa versão, mas as mudanças não são tão drásticas em tela.

Ambientado no ano de 1995, o filme traz a personagem já com poderes e unindo-se ao então agente Nick Fury ( Samuel L. Jackson) em sua missão para impedir os terríveis Skrulls de encontrarem uma arma que pode desestabilizar a galáxia. O bom é que a química da dupla é ótima. Aliás, os coadjuvantes são mais interessantes do que a própria protagonista. Para começar, precisamos destacar a atuação de Ben Mendelsohn mandando muito bem como Talos.

Sem falar que a amizade da Carol com Maria Rambeau(Lashana Lynch) é um dos pontos altos do filme. A dupla, que poderia muito bem ser um casal LGBTQ+ pela forma como é apresentado (apesar de não ser algo confirmado), garante muita emoção ao longa, além de mostrar três mulheres fortes (a filha de Maria é incrível também) com uma dinâmica ótima. E como não falar sobre Goose, o gato de Carol? O bichano rouba a cena a cada aparição e junto com Nick Fury é motivo de gargalhadas para o público, especialmente no final.

O longa funciona bem ao evitar grandes explicações sobre o passado do Universo Cinematográfico da Marvel. As novas informações aparecem naturalmente e isso é ótimo para um prólogo. Mérito do roteiro redondo, com poucos furos, boas cenas, diálogos decentes em uma narrativa simples e capaz de sair da mesmice. Curiosamente, até os vilões são interessantes, mas falar demais sobre isso seria dar spoilers, então fiquem atentos a eles.

As cenas de ação são boas, mas o destaque está naquelas que envolvem naves espaciais. As lutas corpo-a-corpo mereciam um pouco mais de atenção e criatividade, já que ficam um pouco repetitivas. Outro problema é que o CGI escorrega em diversos momentos, com a Capitã parecendo um boneco digital em mais de uma cena, o que é uma pena! Dito isso, a trilha sonora dos anos 90, com Nirvana, Garbage, No Doubt, entre outras, é um ótimo bônus e casa bem com o filme, embora pudesse ter mais cantoras ainda na lista.

No final das contas, Capitã Marvel é um filme bem pensado para o MCU, mas ainda assim, ele falha ao não cumprir todo seu potencial. Com a divulgação dos trailers e cenas inéditas, a expectativa era de uma produção muito mais divertida. Além disso, o longa poderia apresentar maior relevância na representatividade, ser mais bonito visualmente e ter uma protagonista mais carismática.

O longa é previsível e deixa uma sensação constante de “Ah, é bom, mas poderia ser melhor” e isso gera frustração até pela expectativa criada em cima da heroína da Marvel. As cenas pós-créditos trazem um ar mais interessante para a trama, mas a verdade é que esse filme não passa de um recheio para explicar quem é a salvadora do Universo em Vingadores – Ultimato, que estreia em abril. E esse longa merecia ser muito mais do que isso.

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