Geralmente, a dengue se manifesta de forma assintomática ou com sintomas leves, que desaparecem em até duas semanas
Mesmo com o fim do período chuvoso, entre os meses de janeiro e março, o crescimento no número de casos e mortes por conta da dengue, ainda ascende um alerta nos moradores de Osasco e outras dez cidades, que integram a Região Oeste da Grande São Paulo.
A doença, transmitida por quatro tipos de um mesmo vírus, infecta humanos através da picada do mosquito Aedes aegypti. Febre, dores corporais, de cabeça e atrás dos olhos, além de fadiga, estão entre os primeiros sintomas, que geralmente são tratados com medicamentos indicados para esses sintomas.
Geralmente, a enfermidade se manifesta de forma assintomática ou com sintomas leves, que desaparecem em até duas semanas, graças à produção de anticorpos pelo organismo e à resposta imunológica celular.
Por ter sintomas semelhantes com a covid-19, os profissionais de saúde recomendam também a realização de testes e exames específicos para cada doença, que identificam a presença do vírus em até 15 minutos, bem como evitar a automedicação.
“Atualmente, não existe um tratamento específico para a dengue, e a abordagem terapêutica se concentra principalmente no alívio dos sintomas, na hidratação adequada e repouso. A maioria dos casos de dengue é autolimitada, e a recuperação completa é comum com os cuidados adequados”, explica Nathalia Franceschi, assessora técnica em saúde pública do governo de São Paulo.
Reinfecção da dengue
Ainda segundo Nathalia Franceschi, a reinfeção pelo vírus da dengue pode ocorrer e a patologia evoluir para uma dengue hemorrágica.

A dengue hemorrágica pode afetar indivíduos de todas as idades. No entanto, aqueles que são mais velhos ou que têm condições de saúde pré-existentes, como diabetes e pressão alta, podem estar em maior risco.
Nessa condição, de acordo com Ministério da Saúde, o micro-organismo causador da doença gera o extravasamento grave de plasma, hemorragias severas ou comprometimento de grave de órgãos, que podem evoluir para o óbito do indivíduo.
“É possível contrair a dengue mais de uma vez. Até o momento são conhecidos quatro sorotipos – DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. A imunidade é permanente para o sorotipo que causou a infecção. Tudo depende da condição de saúde prévio de cada pessoa, assim com a presença de possíveis comorbidades, extremos de idade”, reitera a especialista.
Tratamento e medicamentos permitidos contra dengue
O principal tratamento da dengue clássica envolve tomar bastante líquido, entre 60 a 80 ml por quilo de peso, porque uma das características do vírus é retirar líquidos dos vasos sanguíneos. Para combater as dores no corpo e a febre, dois medicamentos são indicados: paracetamol e dipirona.
Se surgirem outros sintomas, como dores abdominais intensas, vômitos excessivos que impedem a hidratação e a alimentação, hipotensão, diminuição da quantidade de urina e sangramentos nasais e gengivais, é imprescindível procurar atendimento médico imediato. Estes sintomas indicam que a doença está se agravando.

“No hospital será possível avaliar a possibilidade do diagnóstico de dengue ou de outras infecções virais semelhantes, bem como avaliar a gravidade da doença com a prova do laço (exame que testa a fragilidade dos vasos sanguíneos) e exames de sangue do tipo NS1, RT-PCR e IgM e IgG. Quanto antes o tratamento for iniciado, melhor”, ressalta o Governo do Estado de SP.
Se o paciente tiver condições de ir de alta, deve receber orientações da hidratação (60-80mL/kg), além dos remédios para conter os sintomas e informações acerca dos sinais de agravamento da doença, que podem ocorrer entre o terceiro e o quinto dia de doença.
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