O Brasil passa por um dos momentos mais graves da pandemia, com aumento vertiginoso de casos, internações e mais de duas mil mortes diárias por covid-19. Esse foi o recado inicial da coletiva excepcional realizada nesta quinta-feira (11) pela equipe governamental de São Paulo no Palácio dos Bandeirantes. A taxa de ocupação de leitos de UTI chegou hoje a 87,6% no estado e a 86,7 na Grande São Paulo. Hospitais de 53 municípios já estão operando com 100% de sua capacidade. Osasco, por exemplo, opera com 96,2%, quase no seu limite.
Em decorrência de todos esses fatos, o governo do estado decreta hoje a fase emergencial do Plano SP, mais restrita que a fase vermelha. Essa fase começará a valer do dia 15 ao dia 30/3. Entre as medidas haverá aumento de restrições em mais 14 atividades para diminuir a circulação de 14 milhões de pessoas nas ruas. Entre essas atividades, estão: escritórios, call-center, jurídico, atividades administrativas; estabelecimentos comerciais, administração pública; restaurantes, bares, padarias; transporte coletivo e individual, educação (básica, fundamental e médio); comércio para eletrônicos; tecnologia; comércio para materiais de construção; ensino superior, entre outros; supermercados e similares; hotelaria; esportes e telecomunicações.
É recomendado ainda o escalonamento do horário de entrada no trabalho para evitar aglomerações no transporte público, sendo que os trabalhadores da indústria circulem nos coletivos das 5 às 7h; de serviços das 7 às 9h; e do comércio das 9 às 11h. Já entre as principais alterações dessa fase estão: a suspensão dos serviços de retirada (take-away) de todos os setores, lojas de materiais de construção, celebrações religiosas coletivas, atividades esportivas coletivas; tele-trabalho obrigatório em órgãos públicos, escritórios e qualquer outra atividade não essencial; entrega de alimentos, com exceção de drive-thru (entre 5 e 20h) e delivery 24 para restaurantes e outros estabelecimentos comerciais. Haverá ainda toque de recolher entre 20 e 5h para todos; proibição de uso de praias e parques; proibição de qualquer tipo de aglomeração.
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Denúncias
Para denunciar festas clandestinas e aglomerações, a população tem a sua disposição os números: 0800 771 3541 e 3065-4666, além do site: www.procon.sp.gov.br e e-mail: secretarias@cvs.saude.sp.gov.br