Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), peritos do Cenipa foram ao local para apurar as possíveis causas do acidente de helicóptero
Peritos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, o Cenipa, deram início à investigação sobre o acidente de helicóptero ocorrido em Barueri na tarde da última terça-feira, 20 de fevereiro, pouco após às 16h.
Os sete passageiros a bordo da aeronave, sendo duas crianças, duas mulheres e três homens, sobreviveram. A identidade das vítimas não foi revelada pelas autoridades até o momento.
Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), os peritos do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, de São Paulo, foram ao local para apurar as possíveis causas do acidente. O helicóptero, registro PR-ENT, de propriedade da empresa Vortex Holding, conforme consta no site da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), ficou destruído. A aeronave modelo AS 350 B3 foi fabricada pela Helibrás em 2013.
Heróis do acidente de helicóptero em Barueri
A tragédia poderia ter sido muito pior, caso os passageiros não tivessem recebido o auxílio imediato de moradores e funcionários de um supermercado próximo ao local em que a aeronave caiu, na avenida Marco, bairro Chácaras Marco.
Segundo relatos obtidos pela reportagem, trabalhadores utilizaram inúmeros extintores de incêndio do supermercado Hugão para controlar as chamas, até a chegada das equipes de resgate. A aeronave, que estava em chamas, caiu em uma área de mata, nos arredores de um córrego. Dois ocupantes do helicóptero estavam presos às ferragens.
Equipes da Defesa Civil, Guarda Civil Municipal (GCM) e a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semurb) estiveram mobilizadas para auxiliar no socorro às vítimas, algumas gravemente feridas. Uma delas foi encaminhada à capital paulista pelo helicóptero Águia da Polícia Militar. Inúmeras viaturas do Corpo de Bombeiros se dirigiram ao local.
“Temos relatos de fogo no motor”, diz advogado aeronáutico
Em entrevista ao telejornal BandNews 2ª edição, o advogado de direito aeronáutico, Beny Balabram, afirmou que todo acidente aeronáutico é provocado por uma série de fatores.
“Neste caso, temos um helicóptero esquilo, com capacidade para cinco pessoas e que operava com sete pessoas, sendo cinco adultos e duas crianças. Nós temos alguns pontos relevantes que podem elucidar o tema. Temos aí a questão do excesso de peso. Quando a gente soma o peso de duas crianças, seria quase que chegar ao peso de uma sexta pessoa. Isso, sem considerar as possíveis bagagens”, disse.
O advogado revelou ter recebido relatos de fogo no motor do helicóptero. “O fato de naquele dia termos um tempo chuvoso também deixa o ar mais rarefeito. Ou seja, nós temos a soma de dois fatores, excesso de peso e tempo chuvoso. Essas circunstâncias fazem com que a aeronave tenha que despender mais potência. Temos relatos de fogo no motor, que leva a crer que esse excesso de potência, somado ao peso, pode ter ocasionado o início de combustão na turbina”.
Estado de saúde dos passageiros
Até o fechamento da reportagem, o novo boletim médico sobre o estado de saúde das vítimas não havia sido divulgado. Na noite de quarta-feira (21/2), conforme noticiado pelo GIRO, duas vítimas seguiam internadas na UTI em estado grave.
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