Militares de Barueri receberam punições administrativas na forma de prisão disciplinar, de até 20 dias, e estão sob investigação criminal
Ao menos 38 militares do Exército Brasileiro foram punidos pelo furto de metralhadoras ocorrido no Arsenal de Guerra localizado na cidade de Barueri. O caso ocorreu em outubro do ano passado, quando 21 armas foram levadas do espaço localizado na Vila São Francisco. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (9).
Segundo reportagem divulgada pela revista “Carta Capital”, os agentes sofreram penas administrativas, as quais envolvem prisão disciplinar. Conforme informado pelo Comando Militar do Sudeste, por meio de nota, a reclusão pode variar de um a 20 dias.
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A Justiça Militar da União autorizou a prorrogação do prazo do Inquérito Policial Militar aberto pelo Exército para investigar o furto de metralhadoras em Barueri. A extensão foi concedida “em caráter excepcional”, em razão da complexidade do caso.
Barueri: prorrogação do inquérito
O prazo do inquérito sobre o furto das metralhadoras em Barueri foi adiado para o próximo dia 17 de janeiro. Segundo o Comando Militar do Sudoeste, essa medida foi postergada “devido à necessidade de reunir uma quantidade substancial de informações e realizar diversas pesquisas”.
Inicialmente, as investigações tinham previsão de encerramento em dezembro do ano passado. O inquérito policial militar está sendo conduzido sob sigilo e pode resultar em penalidades criminais.
Seis militares são suspeitos de terem cometido o furto das metralhadoras do Exército em Barueri. O processo de investigação está em curso e, com base nas evidências coletadas, é provável que os suspeitos sejam indiciados por furto, peculato, receptação e extravio. Dois civis também estão sendo investigados pelo mesmo crime e, se indiciados, poderão ser detidos.
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O Inquérito Policial Militar (IPM) é um procedimento administrativo destinado a investigar suspeitas de crimes militares e identificar os responsáveis, visando o julgamento pela Justiça Militar. Todo o desdobramento da ação penal será supervisionado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), que decidirá sobre a apresentação da denúncia ou o arquivamento do caso.
Mais detalhes sobre o furto das metralhadoras
O Exército constatou o furto de 21 metralhadoras calibre .50 e oito metralhadoras calibre 7,62 do Arsenal de Guerra São Francisco no dia 10 de outubro. A partir desse momento, o comando iniciou uma investigação interna para apurar o sumiço das armas. Inicialmente, cerca de 480 militares foram impedidos de deixar o local e tiveram seus celulares confiscados.
Em uma ação conjunta com as polícias de São Paulo e do Rio de Janeiro, o Exército conseguiu recuperar 19 das armas, porém ainda está à procura de outras duas que não foram localizadas.
Das 21 armas furtadas, oito foram encontradas na cidade do Rio de Janeiro, enquanto outras nove metralhadoras foram recuperadas em uma área de mata em São Roque.
Dessas, quatro são do calibre 7,62 e cinco são do calibre .50, reconhecidas por sua capacidade ofensiva e alcance, capazes até mesmo de abater aeronaves. As imagens das armas recuperadas foram divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo.
*com informações dos portais G1 e Carta Capital
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