Vestidos com camisa da Seleção Brasileira, manifestantes pró-governo questionam o resultado do segundo turno das eleições e pedem “intervenção federal”
O sábado e domingo, dias 5 e 6 de novembro, foram marcados por grupos de manifestantes pró-Bolsonaro que seguem protestando contra o resultado do 2º turno das eleições presidenciais, ocorrido no domingo, 30 de outubro. Os atos se concentraram em frente ao 4º BIL (Batalhão de Infantaria Leve), no bairro de Quitaúna, Osasco, e também, no Arsenal de Guerra, na Vila São Francisco, em Barueri.
Durante todo o fim de semana, manifestantes também se reuniram em frente ao Comando do Exército, próximo ao Parque do Ibirapuera, na capital paulista e em outros quartéis de todo o País. Pelas redes sociais, em grupos do Telegram e WhatsApp, eles garantem se revezar no local e promover outros atos.
Os manifestantes cantam o Hino Nacional e pedem intervenção federal. Os protestos são realizados por apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que questionam o resultado do 2º turno das eleições, que deu vitória ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os atos em frente a quartéis tiveram início na quarta-feira, dia 2 de outubro, logo após o término dos manifestações que realizaram bloqueios nas principais rodovias do Brasil. Entre as 12 cidades que compõem um consórcio de municípios da região Oeste da Grande SP, houve bloqueios nas rodovias Castello Branco, Raposo Tavares e Anhanguera. As pistas só foram liberadas após ação da Tropa de Choque da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Multa de R$ 100 mil e uso da força pela PM
Em coletiva, na manhã desta terça-feira (1º), o governador do estado de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB) determinou que forças de segurança de São Paulo atuem para o imediato desbloqueio de rodovias em todo estado. Segundo o gestor estadual, as ações comandadas pela Polícia Militar vão priorizar o diálogo, mas em casos de resistência, poderá haver uso de força. O governo do estado também autorizou a aplicação de multa de R$ 100 mil por hora para quem descumprir a ordem de desbloqueios das vias determinada pelo Supremo Tribunal Federal.