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Alphaville: TJSP absolve influencer evangélico acusado de estupro

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Influencer foi criador da igreja Galpão (Reprodução/Redes Sociais)

Influencer de Alphaville admitiu que manteve relações sexuais com as jovens que o, mas alega que todos os atos foram consentidos; saiba mais

O influenciador evangélico Victor Bonato, acusado por estupro por três mulheres do Movimento Galpão, no Alphaville, Barueri, foi absolvido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) na última semana. As informações são do jornal O Globo.

Em entrevista ao blog do jornalista Ulisses Campbell, ele admite que manteve relações sexuais com as jovens que o denunciaram, mas alega que todos os atos foram devidamente consentidos.

“Eu fui imoral? Com certeza. Fui hipócrita ao viver algo que eu mesmo pregava contra. Eu errei? Errei, sim. Mas meu erro foi espiritual. Não cometi crimes. No tipo de vida que escolhi levar, fazer sexo fora do casamento é pecado. O pecado me custou a liberdade”, relatou Bonato

O influenciador foi preso no dia 19 de setembro de 2023, solto em 16 de novembro de 2023 e inocentado em julho de 2024. Após 58 dias encarcerado, Bonato cessou as atividades públicas e ficou cinco meses das redes sociais, onde conta com cerca de 150 mil seguidores.

O Galpão, movimento evangélico que liderava em Alphaville, em Barueri, não existe mais. Os encontros que ocorriam sempre às terças-feiras, foram suspensos. Já os líderes envolvidos no espaço religioso, se desvincularam após receberem ameaças.

Influencer de Alphaville absolvido: mais informações sobre o caso

Segundo a denúncia, três mulheres, entre 19 e 24 anos, que frequentavam os encontros religiosos em Alphaville, denunciaram Victor Bonato por violência sexual. Segundo os relatos, os casos ocorreram entre junho e agosto de 2023.

As jovens relatam que as relações sexuais foram iniciadas com consentimento, mas depois houve práticas agressivas não combinadas. Uma das mulheres informou que recebeu tapas no rosto. Outra disse que foi forçada a sexo oral. Já a terceira afirmou que foi asfixiada durante o ato.

Conforme o inquérito policial, obtido pelo Metrópoles, os crimes teriam ocorrido entre janeiro e setembro deste ano, em diferentes lugares, como a casa de Bonato, em Alphaville. Após essa situação, o influenciador foi preso dias depois das denúncias.

Um dia antes do registro feito pelas mulheres na delegacia, o influencer postou um comunicado no Instagram, plataforma na qual ele tem 146 mil seguidores, dizendo que precisava se “arrepender profundamente” e que faria um “detox de redes sociais”.

No dia seguinte ao boletim de ocorrência feito pelas vítimas, e véspera de sua prisão, Bonato voltou às redes sociais para dizer que estava se “retirando da liderança” do Galpão e “tirando um tempo para me curar no Senhor”.

Líder religioso de Alphaville postou vídeos confessando seus “pecados” (Reprodução/Redes Sociais)

Na mesma data, o Galpão publicou uma nota afirmando que o influencer não fazia mais parte do movimento religioso, sem mencionar especificamente as acusações de estupro feitas pelas seguidoras.

Ele foi inocentado em 29 de julho de 2024. Ao justificar a absolvição, o juiz Ricardo Augusto Gallego Bueno, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Barueri, afirmou a ausência de provas materiais e supostas contradições nos depoimentos, além do fato de que as denunciantes mantiveram contato com influencer mesmo após os episódios classificados por elas como agressivos.

O Ministério Público também reconheceu que não havia elementos suficientes para sustentar a acusação.

De volta às redes sociais, Victor publicou um vídeo contando como teria caído numa armadilha. No relato, faz uma retrospectiva. Afirma que manteve relações sexuais com três amigas de forma sucessiva, em momentos diferentes, e que todos os encontros ocorreram de maneira consensual.

O indivíduo que os envolvimentos começaram a partir de conversas no Instagram e no WhatsApp, e evoluíram naturalmente. Ele detalha que se relacionou com a primeira jovem três vezes, depois com a segunda duas vezes, e, por fim, com a terceira, também três vezes.

Todas, segundo ele, frequentavam o mesmo ambiente e sabiam da sua fama como líder religioso em Alphaville.

“As garotas pertenciam ao mesmo círculo social. Elas estavam num evento quando descobriram que eu havia ficado com as três. Sentiram-se traídas. Desde então, se juntaram para se vingar. Foram até a delegacia e registraram uma falsa acusação de agressão e estupro”, argumentou Victor na entrevista ao GLOBO.

*com informações dos portais Metrópoles e O Globo.

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